Escola estadual de Belém incentiva conscientização e protagonismo estudantil em evento sobre educação ambiental 6v322x
Com o tema ‘Diálogos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) - Agenda 2030 e a COP 30 na Amazônia Brasileira’, a ação promoveu debates sobre as questões ambientais 2p1i6j

Sustentabilidade, debates sobre as mudanças climáticas e protagonismo estudantil marcaram a manhã da última terça-feira (20) na Escola Estadual de Ensino Médio Professor Francisco da Silva Nunes, no bairro da Marambaia, em Belém. A comunidade escolar participou da 1ª Culminância Ambiental Interdisciplinar (Cainter), que reuniu estudantes, professores e gestores em um espaço de troca de saberes sobre questões ambientais, com ênfase na sustentabilidade, no desenvolvimento da consciência ambiental planetária por um mundo mais justo, democrático, solidário e sustentável.
Com o tema “Diálogos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) - Agenda 2030 e a COP 30 na Amazônia Brasileira”, a iniciativa busca promover o debate sobre as questões ambientais em uma perspectiva global, nacional e, especialmente, sobre os desafios enfrentados pela Amazônia. Como explica a professora de Educação Ambiental e coordenadora do projeto, Érika Farias.
“Essa é a primeira conferência ambiental interdisciplinar da nossa escola, que vai se tornar, futuramente, um projeto de intervenção pedagógica. Esse evento é um marco na nossa escola por a gente trabalhar a questão ambiental de forma integrada, com diferentes áreas de conhecimento. Nós temos professores envolvidos na apresentação dos trabalhos, tanto do componente de Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima, como também de Geografia, de Física, Inglês”, disse a educadora que também dá aulas de Geografia.

Ainda de acordo com a professora, o momento foi fundamental para difundir conhecimentos ambientais em diversas áreas. “Os alunos pegaram esse momento da conferência para poder expor os seus trabalhos que vêm sendo realizados desde o primeiro semestre. Então tivemos diversos temas relacionados à questão ambiental, desde a COP 30, até a questão dos efeitos das nuances climáticas, saúde - porque nós também temos alunos do ensino tecnológico, ou seja, agregou alunos da enfermagem, nutrição, de geografia, do médio regular, todo mundo integrado discutindo a pauta ambiental com diferentes temas, inclusive do racismo ambiental”, afirmou Érika Farias.
Diversas atividades interativas marcaram o dia, como por exemplo, palestras que abordaram temas como sustentabilidade, racismo ambiental e a importância da conscientização sobre os impactos do descaso ambiental; oficinas de resíduos sólidos e reciclagem de plásticos, conduzidas por especialistas; o 1º campeonato de xadrez, que trouxe uma atividade lúdica para o evento, incentivando o raciocínio lógico e a reflexão sobre temas complexos de forma mais ível. Além da exposição de pesquisas realizadas pelos alunos sobre racismo ambiental, que abriu um importante espaço para discussão sobre as desigualdades no o ao meio ambiente saudável.
Envolvida na organização do evento e nas pesquisas, a estudante Tayná Melo, da 2ª série do ensino médio, avalia a experiência como uma oportunidade de aprendizado. “O projeto está sendo bem interessante, a gente se propôs a fazer isso e a gente se dedicou bastante, fizemos e refizemos os slides várias vezes, os banners também porque a gente queria entregar um trabalho bom, um trabalho excelente. Eu achei o projeto muito legal muito interessante porque a escola traz essa visibilidade, esse protagonismo para os alunos, para mostrar que aqui a gente consegue ter essa parceria entre a escola e a coordenação, porque a gente teve um grande apoio da escola em questão de e”, comentou.

Para a estudante da 2ª série do ensino médio, Talita Vitória, que também esteve à frente da organização do evento, a 1ª Cainter trouxe aprendizado e experiência. “Participar desse projeto foi bem legal porque a gente teve experiência, eu tenho aprendido coisas novas sobre o meio ambiente, consciência ambiental… eu acho que as aulas de Educação Ambiental são algo bem interessante para as escolas”, contou.
Educação Ambiental - A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) oferece, desde o primeiro bimestre de 2024, o componente de Educação Ambiental em todas as etapas do ensino, de forma obrigatória, nas escolas estaduais. Este componente pode ter a adesão dos Municípios, alicerçada na Política de Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima.
A Seduc destaca que o conteúdo ambiental torna o Pará pioneiro na garantia de um componente curricular obrigatório de sustentabilidade, incentivando a participação e o engajamento de estudantes nas discussões sobre agendas fundamentais ao Pará, cuja capital, Belém, sediará a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro de 2025.