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Fundação Santa Casa realiza cerca de 400 testes do pezinho ao mês 503y2h

Hospital realizou 2.038 testes este ano. Os exames preventivos ajudam a identificar doenças em recém-nascidos antes que elas causem problemas sérios. 425o6t

Por Etiene Andrade (SANTA CASA)
11/06/2025 09h11
No setor do teste do pezinho da Santa Casa, a técnica de laboratório, Socorro Oliveira com os pais Brenda e Bruno Furtado, e o bebê Bryen

Nos cinco primeiros meses de 2025, o setor do teste do pezinho na Fundação Santa Casa já realizou um total de 2.038 exames. A média é de 400 ao mês, o que agiliza o procedimento essencial para o diagnóstico de doenças que, se tratadas precocemente, podem ter suas consequências minimizadas.  

De acordo com o Ministério da Saúde, o  teste do pezinho é obrigatório e gratuito para todos os recém-nascidos, e a coleta do sangue deve ser realizada, idealmente, entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê. A Fundação Santa Casa disponibiliza o exame para todos os recém-nascidos na sua maternidade, mas isso depende da demanda espontânea, ou seja, os pais decidem se querem submeter os filhos ao teste do pezinho, ainda na maternidade, logo após o nascimento, ou em outro momento.

Gael e Bryan nasceram na Santa Casa e tiveram o ao teste do pezinho, de imediato, no hospital, por decisão dos pais deles. O material para o exame de Gael foi colhido à beira leito, antes mesmo da alta; e o de Bryan na sala do teste do pezinho com a técnica de laboratório Socorro Oliveira, que há mais de 3 anos realiza a coleta para o exame dos recém-nascidos.

"A sala do teste do pezinho, que funciona de 8h às 11h aqui no Ambulatório de Pediatria da Santa Casa, é exclusivamente para a coleta do material para o exame dos bebês que nascem no próprio hospital. De segunda a sexta nós recebemos essas crianças e também vamos até o leito na maternidade ou no berçário fazer a coleta, quando é necessário", explica a técnica de laboratório, Socorro Oliveira.

"Existem tratamentos para prevenção das sequelas causadas por estas doenças, muitas consideradas graves e que podem levar até a óbito se não forem tratadas. Por exemplo, a fenilcetonúria (doença do metabolismo), quando detectada precocemente, tem tratamento com dieta; o hipotiroidismo congênito tem o tratamento com a reposição do hormônio da tireóide; a fibrose cística e a deficiência de biotinidase, requerem tratamento precoce com o uso de enzimas entre outros procedimentos", afirma a neonatologista Salma Saraty, gerente de neonatologia da Santa Casa.

Brenda e Bruno Furtado, pais de Bryen, que nasceu no final de maio na Santa Casa, decidiram fazer o exame na própria maternidade e levaram o bebê após a alta para fazer o exame na sala de coleta do hospital. 

"A minha primeira filha nasceu na Santa Casa e fez o exame antes de sair da maternidade e agora nós trouxemos o Bryan pra fazer aqui. É muito importante a gente saber logo como está a saúde dos nossos filhos, pra gente se precaver e tomar as medidas certas e os cuidados certos", afirma o pai do bebê, Bruno Furtado.

O teste do pezinho na Santa Casa é realizado apenas para os bebês que nascem na maternidade, mas os pais de crianças nascidas em outros locais, seja em Belém ou no interior do Estado, devem procurar as unidades básicas de saúde mais próximas de sua casa, após completadas as primeiras 48 horas do nascimento e preferencialmente até o 5º dia de vida da criança, munidos da certidão de nascimento ou declaração de nascido vivo da criança e identidade dos responsáveis.

Veja o que pode detectar o teste do pezinho do SUS:

Fenilcetonúria é um distúrbio do metabolismo de aminoácidos que ocorre em bebês que nascem sem a capacidade de decompor normalmente um aminoácido. Esse distúrbio é causado pela incapacidade de metabolizar o aminoácido fenilalanina, o que pode levar a danos cerebrais se não tratado; hipotireoidismo congênito,  deficiência do hormônio tireoidiano que pode causar atraso no desenvolvimento e problemas cognitivos;

Doença falciforme afeta a hemoglobina, causando deformações nas células vermelhas do sangue e anemia;

Fibrose cística é uma doença genética que afeta os pulmões e outros órgãos, causando produção excessiva de muco e dificuldade respiratória;

Hiperplasia adrenal congênita é o adoecimento que afeta as glândulas suprarrenais, causando produção excessiva de hormônios masculinos e outros problemas;

Deficiência de biotinidase: doença genética que afeta a produção da enzima que é importante para o metabolismo;

Toxoplasmose congênita, infecção causada pelo protozoário toxoplasma gondii, que pode causar danos ao feto e ao recém-nascido.